COMO INTERVIR FACE AO MOBBING/ASSÉDIO
MORAL?
Ana Lúcia João - Enfermeira no Hospital Distrital de Santarém
António Portelada - Educador de Infância
na Casa da Criança de Penela
Introdução: A nível conceptual,
o mobbing/assédio moral caracteriza-se pela repetição, durante um longo período
de tempo, de comportamentos hostis e condutas desprovidas de ética, desenvolvidas
por um superior ou colega de trabalho contra outros trabalhadores.
O Homem passa grande parte do seu dia no trabalho, desta forma, o mesmo, assume uma importância fundamental no bem-estar físico, social e mental da pessoa. No entanto, por vezes, o ambiente laboral pode tornar-se insuportável e prejudicial à saúde dos trabalhadores. A prevenção da violência deverá ser um acto prioritário em qualquer empresa ou organização, fundamental para melhorar a vida profissional dos trabalhadores e evitar a exclusão social e o desemprego.
Metodologia: Foi desenvolvido
um estudo correlacional, transversal,
do tipo quantitativo. A amostra era constituída por 216 enfermeiros a exercerem
funções num hospital de uma zona sul do país. Aquando a realização do mesmo
estudo foram debatidas algumas formas de intervenção face a este tipo de violência,
bem como foi efectuada uma pesquisa bibliográfica de toda a legislação existente.
De acordo com Luna (2003) existem dois níveis de abordagem com o intuito de se prevenir o assédio moral no trabalho. O primeiro nível consiste em evitar que se produzam actos de violência, detectando os perigos, avaliando os riscos e adoptando medidas preventivas quando necessário. Há que ter em conta como está organizado o trabalho e a formação e informação do pessoal. O segundo nível consiste em actuar de forma a prestar apoio quando a pessoa foi vítima de violência.
Resultados/Conclusão: As vítimas
de mobbing apresentam diversos sintomas,
entre os quais: sentimentos de insegurança, ansiedade, insónias, sentimentos
de frustração, fracasso e impotência, irritabilidade, entre outros. No entanto,
após a realização deste estudo verificou-se que, apesar do assédio se encontrar
contemplado no código de trabalho não existe um regime jurídico específico
para o tratamento do assédio moral. Existem apenas mecanismos legais que permitem
fazer frente a este problema tais como a Constituição da República, o Código
Civil, bem como os demais instrumentos jurídicos comunitários e internacionais.
Todos nós somos diferentes, porém tal como refere González de Rivera (2005) todos somos iguais no mais essencial, ou seja a nossa condição de seres humanos. Deste modo, todos devemos ser tratados como tal, sendo obrigação e dever de cada um exigir e defender esse trato.
Bibliografia:
PREVENÇÃO DA
VIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE INTIMIDADE UMA VISÃO DO ESTADO DA ARTE DA ÚLTIMA
DÉCADA
Gina Maria de Pinho Jesus – Enfermeira no Hospital Distrital de Águeda
Mariana Marques
Vicente – Enfermeira no Hospital Infante D. Pedro, Aveiro
Introdução e justificação: A violência nas relações de intimidade é um problema de saúde pública mundial. Na investigação recente emerge a importância da prevenção do fenómeno dirigida a idades precoces de construção de relações de intimidade. A violência no namoro é considerada como “um fenómeno histórico-social, construído em sociedade” (Minayo, 1999, p.7) o que permite desconstruí-la que tem sido o objectivo de alguns projectos de investigação. Trata-se de um campo de investigação complexo e a literatura aponta diversas dificuldades.
Objectivos: Identificar convergências e divergências na investigação realizada sobre prevenção da violência no namoro.
Metodologia: Pesquisa e revisão sistemática de artigos publicados em revistas científicas na área da saúde, acedidas a partir das seguintes base de dados: Scielo; Medline; b-on, publicadas nos últimos dez anos. Efectuou-se uma análise crítica por
contraposição dos autores.
Resultados: O fenómeno violência no namoro, à semelhança do mesmo em casais adultos, é complexo e multifactorial, podendo ser preditivo de violência nas relações de intimidade futuras, o que reúne o consenso dos autores no que diz respeito a considerar este foco como significativo no âmbito geral de prevenção da violência nas relações de intimidade. Há divergência conceptual entre autores que dificulta a análise comparativa dos estudos encontrados. As populações-alvo dos estudos realizados têm-se centrado mais sobre faixas etárias dos jovens em transição para a fase adulta e apenas recentemente surgem investigações que se direccionam a idades mais precoces, do início da adolescência. Enfatiza-se a rapariga como vítima, e muito embora nestas idades surja uma diluição da prevalência pelo género no que diz respeito à perpetuação, faltam estudos que abordem as causas e contextos das agressões de modo a poder excluir (ou não) a violência reactiva.
Conclusões: A prevenção da violência no namoro apresentou na última década um crescimento florescente com multiplicação de perspectivas multidisciplinares. A investigação ampliou um vasto campo inexporado de questões a aprofundar em relação
aos perpectradores da violência, à vítimação, aos contextos e às causas que dão origem à violência. Detectam-se falta de continuidade dos estudos através de “follow-up” para
confirmação de resultados preventivos dos projectos de intervenção no longo prazo.
Bibliografia:
- Caridade, S; Machado,
C (2006) Violência na intimidade juvenil: da vitimação à perpetração. Análise
Psicológica. Lisboa. Instituto superior de psicologia aplicada.
- Caridade, S; Machado,
C (2008) Violência sexual no namoro: relevância da prevenção. Psicologia. Lisboa.
Edições Colibri.
- Matos et al (2006) Prevenção
da violência nas relações de namoro: intervenção com jovens
- Silva S (2002) Considerações sobre o relacionamento amoroso entre adolescentes. Brasil. Cad. Cedes Campinas.
- Nogueira, L; Bellini, L (2006) Sexualidade e violência, o que é isso para jovens que vivem na rua? Florianópolis. Texto Contexto Enfermagem.
VIOLÊNCIA
NAS RELAÇÕES DE INTIMIDADE - PROBLEMATIZANDO A CRIMINALIZAÇAO DOS HOMENS
E A VITIMIZAÇÃO DAS MULHERES
Adriano Beiras - Universidad Autónoma de Barcelona
Maristela Moraes - Instituto PAPAI (Brasil) e Universidade Autônoma de Barcelona
Roberta de Alencar-Rodrigues - Universidad Autónoma de Barcelona
Introdução e justificação: Esta comunicação propõe problematizar a relação homens-algozes ou criminosos e mulheres-vítimas, tão freqüente nas discussões sobre violência nas relações afetivas entre casais heterossexuais.
Objectivos: Pretendemos reunir os pontos comuns de nossas pesquisas no que diz respeito à intervenção realizada com homens e mulheres e as políticas públicas relacionadas à saúde e à violência nas relações de intimidade. O objetivo da nossa reflexão é problematizar a criminalização dos homens e a vitimização das mulheres em situação de violência nas relações de intimidade. Com isso, buscamos fomentar um debate que enfoque mais além da concepção excessivamente criminalizante desses homens, fugindo de dicotomias entre bom-mau ou vítima-algoz, que pouco contribuem para uma compreensão da complexidade dessas inter-relações.
Metodologia. Trata-se de uma reflexão teórica baseada
na experiência de trabalho científico das/os autoras/es no campo
da violência, tanto no Brasil como na Espanha.
Resultados: Com
este cenário, novos paradigmas devem ser formulados para desconstruir a dicotomia
homem-maltratador e mulher- vítima, tornando-se necessário repensar a aplicabilidade
do patriarcado como visão universal para explicar a violência nas relações
de intimidade. A importância destas reflexões reside em aprimorar
a atenção primária e assistencial dada tanto aos homens autores de violência
quanto às mulheres que a sofreram, problematizando as intervenções realizadas
atualmente e as políticas direcionadas a estas questões.
Conclusões É evidente a presença de ideologias, estereótipos, dicotomias, criminalização e vitimização presentes no setor que, em muito casos, acabam por reforçar o aumento e não a diminuição ou contenção de atos violentos nas relações afetivas. A problematização destas questões contribui para o aprimoramento de políticas públicas e avanços teóricos e críticos sobre a temática, permitindo um melhor alcance e eficácia na atenção as questões relacionadas à violência nas relações de intimidade.
Bibliografia:
- Beiras, Adriano. (2009).Grupos de homens
autores de violência - possibilidades de intervenções diante das recomendações
propostas na lei Maria da Penha. In: Sonia Liane Reichert Rovinski; Roberto
Moraes Cruz. (Org.). Psicologia Jurídica:
Perspectivas teóricas e processos de intervenção. 1 ed. São Paulo: Vetor
Editora Psico-Pedagógica.
- Cantera, L. M. (2007). Casais e violência: um enfoque
além do gênero. Porto
Alegre: Dom
Quixote.
- Cantera,
Leonor (2004) “Violencia en la pareja: espejo del atropello, desconstrucción
del amor” en Cantera, L. (Coord.) La violencia a casa, Sabadell, Fundació Caixa
de Sabadell, pp. 113-140.
- Heise L., Pitanguy
J., & Germain, A. (1994). Violencia
contra la mujer: la carga oculta sobre la salud. Washington DC: Organización
Panamericana de
- Figueroa-Perea. Juan Guillermo. (2003) La representación social de los varones en estudios sobre masculinidad y reproducción: 'un muestrario de reflexiones'". In: I Seminário Internacional/II Seminário Norte-Nordeste sobre "Homens, Sexualidade e Reproducão: Tempos, Práticas e Vozes", 17-20 junho, Recife. Mimeo. [ Links ]
- Medrado, Benedito and LYRA,
Jorge. Por uma matriz feminista de gênero para os estudos sobre homens e masculinidades. Rev. Estud. Fem. [online]. 2008, vol.16, n.3, pp. 809-840. ISSN 0104-026X. doi:
10.1590/S0104-026X2008000300005.
VIOLENCIA DE GÉNERO EN LAS RELACIONES DE INTIMIDAD - LA IMPORTANCIA DE CONSIDERAR
EL PROCESO EN LA INTERVENCIÓN PSICOSOCIAL
Patricia Alvarado -
Universidad Autonoma de Barcelona
Adriano Beiras - Universidad
Autónoma de Barcelona
Leonor Cantera Espinoza - Universidad Autónoma de Barcelona
Introducción y justificación del tema: La intervención en el ámbito de la violencia de
género es un punto prioritario de políticas públicas de diversos países.
En España se nota una mayor visibilidad e incremento de intervenciones en
este sector. Sin embargo, se nota una intensa criminalización de los conflictos
que, a pesar del objetivo de disminuir la ocurrencia de la violencia, en
muchos casos contribuyen para una dicotomizacion
o binarismo en su abordaje, aspectos que contribuyen para la continuidad
y crecimiento de la violencia.
Objetivos: Considerando
este contexto, esta comunicación busca reflexionar sobre la importancia de
considerar el proceso, más allá de episodios o consideraciones de causa y
efecto, tanto en las intervenciones asistenciales como jurídicas con aquellos
y aquellas que ejercieron violencia. Por lo tanto, se propone la emergencia de nuevos paradigmas en torno
a la violencia de género, abordando los factores socioculturales que subyacen
esta problemática, focalizando en los sujetos calificados como autores y
autoras de violencia.
Metodologia: En términos
metodológicos, se trata de una investigación cualitativa basada en el análisis
de entrevistas y narrativas concernientes a los testimonios de mujeres y
hombres, protagonistas de un delito hacia la pareja, analizados en su contenido
y discurso, en diálogo con la literatura científica especializada en la temática. El muestreo de los hombres fue realizado con
4 participantes de un grupo terapéutico para autores de violencia, entrevistados
al inicio y al final de proceso grupal. Y el muestreo de las mujeres fue
hecho con 4 participantes que cumplen sentencia bajo medidas condicionales
no privativas de libertad por un delito de lesiones hacia su pareja.
Resultados: Tanto las mujeres
como los hombres calificados en la autoría de un delito hacia la pareja plantean
su disconformidad respecto a la integralidad de informaciones en la intervención
de su problemática de violencia. Relatan
que en sus sentencias jurídicas e intervenciones asistenciales no son consideradas
satisfactoriamente el contexto y todo el proceso generador de la relación
o situación violenta. Cada vez más se evidencia la complejidad de intervenir
en casos de violencia, y la necesidad de considerar los múltiples factores
que la constituyen. Por lo tanto, es indicada la importancia de deconstruir
dicotomías, causas y efectos y visiones que contemplan solamente el acto o episodio de agresión.
Conclusiones: Este
estudio muestra la importancia de actuar bajo una perspectiva ecológica y
sistémica con todos los involucrados en la situación de violencia. Se evidencia
la importancia de considerar los contextos y los procesos, ir más allá de
esquemas fijos, esencialismos, moralismos y
prejuicios. Se apunta la necesidad revisar determinadas actuaciones jurídicas
y asistenciales que no incorporan estos factores para una mayor eficacia
de la contención y erradicación de la violencia.
Bibliografia:
- Alvarado,
P. (2008). Mujeres y Delito de Lesiones: Una mirada desde
- Beiras, Adriano.
(2009).Grupos de homens autores de violência - possibilidades de intervenções
diante das recomendações propostas na lei Maria da Penha. In: Sonia Liane
Reichert Rovinski; Roberto Moraes Cruz. (Org.). Psicologia Jurídica:
Perspectivas teóricas e processos de intervenção. 1 ed. São Paulo: Vetor
Editora Psico-Pedagógica.
- Beiras, A.
(2008). Familia, Conjugalidade e Utopias - Reflexões sobre um Mundo Hipermoderno. Nova
Perspectiva Sistêmica, (32), 65-72.
- Cantera, L.
M. (2007). Casais e violência: um enfoque além do gênero. Porto Alegre: Dom
Quixote.
- Larrauri,
E. (1991).
- Rifiotis, T. (2008). Judiciarização das relações sociais e estratégias
de reconhecimento: repensando a ´violência conjugal` e a `violencia intrafamiliar`. Rev.
Katal. Florianópolis 11, (2), 225-236.
- Smart, C. (1994). La mujer del discurso jurídico. En Larrauri, E (Comp.) (1994). Mujeres, Derecho Penal y Criminología. España: Siglo XXI.
VIOLÊNCIAS NO NAMORO ENTRE ADOLESCENTES BRASILEIROS:
SUBSÍDIOS PARA ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
Queiti Batista Moreira Oliveira - Pesquisadora
do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (CLAVES)/Fundação
Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
Simone Gonçalves de Assis - Pesquisadora Titular/Coordenadora Executiva CLAVES/ FIOCRUZ.
Kathie Njaine - Pesquisadora do CLAVES/FIOCRUZ.
Thiago de Oliveira Pires - Estatístico
do CLAVES/FIOCRUZ.
Introdução: Analisou-se as questões que envolvem o apoio aos adolescentes em situações de violência no namoro. Parte-se de um estudo nacional, que investigou tais situações em dez capitais do Brasil.
Justificação: Tal violência
configura-se como forte preditor da violência entre casais na vida adulta;
no Brasil inexistem experiências consolidadas de prevenção à violência no namoro
na adolescência; o tema não é destacado em estudos sobre a adolescência de
modo geral.
Objectivos: Investigar os tipos
de apoio que os jovens recebem ou que gostariam de receber objetivando propiciar
reflexão sobre formas de prevenção.
Metodologia: Estudo quanti-qualitativo.
Realizou-se a adaptação transcultural da escala Conflict in Adolescent Dating
Relationship Inventory – CADRI. (Wolfe et al, 2001). Analisou-se 3205 questionários
preenchidos por adolescentes de
Resultados: Independentemente de estrato social e de região do país, os adolescentes raramente procuram ajuda em situações de violência no namoro. Apenas 3,5% deles afirmaram já ter solicitado apoio profissional por causa de algum tipo de violência causada por pessoas com quem namorou; os familiares foram apontados como principais pessoas para busca de apoio; a escola foi escolhida como espaço ideal para se desenvolverem ações de prevenção, inclusive com os pais. A mídia é avaliada como um meio importante para veiculação de mensagens para os jovens, embora façam muitas críticas aos conteúdos que ela transmite. Os amigos são referidos, na maioria das vezes, como pessoas com quem contam para desabafar e trocar informações, mesmo que, em função da pouca maturidade, não consigam muitas vezes orientar e aconselhar nos casos de violência no namoro. Os serviços de saúde e outros espaços foram pouco citados.
Conclusões: Os resultados, somados aos de outros estudos internacionais sobre o tema, nos apontam aspectos que são fundamentais para pensarmos propostas de intervenção nos desafinado a avançar. Portanto, entende-se que o presente pode contribuir para a formulação de políticas públicas e outras ações voltadas para adolescentes, visando à construção e afirmação de valores e atitudes que primem pela resolução não-violenta de conflitos impactando positivamente nas relações afetivo-sexuais futuras.
Referências:
- BARDIN. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
- WOLFE, SCOTT, REITZEL-JAFFE, WEKERLE, GRASLEY, STRAATMAN. Development and validation of the conflict in adolescent dating relationship inventory. Psycological Assessment 2001; 13: 277-293. 2001.
Hedi Martha Soeder Muraro - Médica-pediatra
e coordenadora. Secretaria
Municipal da
Centro de Epidemiologia
Objectivos: Os
MAUS-TRATOS À CRIANÇA
Jorge Manuel Amado Apóstolo - Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Introdução e justificação do tema: Considera-se um criança vitima
de maus-tratos em meio familiar, quando, é sujeita a qualquer acto, omissão
ou tratamento negligente, não acidental, que a prive dos seus direitos e bem-estar,
ou que ameaça ou interfira com o seu desenvolvimento física, mental ou social. É um
problema de saúde pública, emergente nas sociedades ocidentais. O enfermeiro
deve conhecer os contextos em que estas situações ocorrem mais frequentemente,
podendo assumir um papel fundamental na sua prevenção.
Objectivos: Identificar os tipos de intervenção mais consistentes na prevenção de maus-tratos
em ambiente familiar que possam ser desenvolvidos em meio comunitário.
Metodologia: Revisão sistemática utilizando os seguintes termos: Child abuse, Good treatment, Child, Primary Care, Prevention.
Resultados: Na revisão sistemática emerge claramente a questão da visita domiciliária realizada por enfermeiros com sendo eficaz. Disso dão nota concludente os trabalhos de Nygren, Nelson e Klein, (2004); Olds et al., (1994) que identificaram efeitos duradouros com programas de visita domiciliária a mulheres afro-americanas em regiões suburbanas, resultados similares a outros com mulheres brancas em áreas rurais.
Ainda Kitzman et al., em 1997, já haviam concluído que programas de visita
domiciliária durante o período pré-natal e primeiros dois anos de vida, realizados
por enfermeiros, poderiam reduzir os maus-tratos sobre crianças bem como acidentes
domésticos, estes frequentemente associados a negligência parental.
Conclusões: São consistentes os resultados sobre o valor da visita domiciliária, actividade realizada autonomamente pelo enfermeiro. Conhecendo bem a realidade dos maus-tratos e os contextos envolventes esta problemática deve ter uma abordagem adequada de modo a reduzir os seus efeitos. Com programas adequados de visita domiciliar torna-se ainda possível potenciar outros efeitos como: redução de gravidezes indesejadas; acidentes domésticos; excesso de procura de serviços de saúde, particularmente em famílias disfuncionais ou de risco
Bibliografia:
- Brown J, Cohen P,
Johnson JG, Salzinger S. A longitudinal analysis of risk factors for child
maltreatment: findingd of a 17-year prospective study of officially recorded
and self-reported child abuse and neglect. Child
Abuse Negl. 1998; 22:1065-78.
- Morales JM, Zunzunegui
Pastor V, Martínez Salceda V. Modelos conceptuales del maltrato infantil:
una aproximación biopsicosocial. Gac. Sanit. 1997;11:231-41.
Nygren P, Nelson H,
Klein J. Screening children for family violence. A review of the evidence
for the US Preventive Services Task Force. Ann Fam Med. 2004;2:161-9.
- Nygren P, Nelson H, Klein J. Screening children
for family violence. A review of the evidence for the US Preventive Services
Task Force. Ann Fam Med. 2004;2:161-9.
-Kitzman H, Olds DL, Henderson CR Jr, Hanks C,
Cole R, Tatelbaum R, et al. Effect of prenatal and infant home visitation
by nurses on pregnancy outcomes, childhood injuries, and repeated childbearing:
a randomized controlled trial. JAMA.
1997; 278:644-52.
- Olds DL,
-