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Resumo
Contexto: a evidência sugere que a estimulação cognitiva (EC) tem um efeito positivo na cognição, na sintomatologia depressiva (SD) e na autonomia dos idosos. Objectivo: analisar a eficácia da EC na cognição, na SD, e nas actividades instrumentais de vida diária (AIVD’s) de idosos em contexto comunitário. Metodologia: estudo experimental, com pré e pós-teste, numa amostra de 23 idosos, sendo 30,43% homens e 69,57% mulheres, com idade média 77,66 anos, DP 7,73. Foram utilizadas as versões portuguesas da Montreal Cognitive Assessment, Geriatric Depression Scale-15 e Lawton Brody Instrumental Activities of Daily Living. O grupo experimental foi sujeito a tratamento com 14 sessões de EC. Resultados: os idosos submetidos a EC melhoraram o estado cognitivo, explicando a intervenção de 17,86% da variação. A evidência não permite concluir sobre o efeito da EC na SD e nas AIVD’s embora, respetivamente, 20% e 17% mais idosos tenham melhorado a sua condição clínica comparativamente aos não submetidos ao programa. Conclusões: a estimulação cognitiva melhorou a condição cognitiva dos idosos, pelo que se aconselha a sua implementação como componente do cuidado a idosos em contexto comunitário. Sugerem-se novos estudos, com amostras de maior dimensão, PEC de manutenção e follow-up, que reforcem e clarifiquem estes resultados. Palavras-chave cognição; estimulação; idoso; demência
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