7º Colóquio Envelhecimento Saúde e Cidadania

DOENÇA DE ALZHEIMER E OUTROS COMPROMISSOS NEUROCOGNITIVOS


O envelhecimento populacional tem levado a um aumento na prevalência das demências, estimando-se que o número total de pessoas com esta perturbação duplique a cada 20 anos, para 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050. Grande parte do aumento acontecerá em países com baixos ou médios rendimentos. Em 2010, 57,7% de todas as pessoas com demência vivia em países com rendimentos baixos ou médios, sendo que este valor subirá para 63,4% em 2030 e para 70,5% em 2050. Não obstante, em países com rendimento mais elevado este número vai também continuar a crescer, particularmente entre os idosos mais velhos (Prince, Bryce, Albanese, Wimo, Ribeiro, & Ferri, 2013).



Adicionalmente, a maior parte das pessoas que atualmente vivem com demência não são devidamente diagnosticadas. Em países com rendimentos elevados, apenas 20-50% dos casos são reconhecidos e documentados nos cuidados de saúde primários. Em países com rendimentos baixos ou médios, o número de casos não diagnosticados é mais elevado. Por exemplo um estudo na Índia, referido no relatório Alzheimer Report 2011: The benefits of early diagnosis and intervention Alzheimer's Disease International (Prince, Bryce, & Ferri, 2011), sugere que 90% dos casos não são identificados. Extrapolando estas estatísticas para outros países do mundo, estima-se que cerca de 28 milhões dos 36 milhões de pessoas com demência não tenham sido devidamente diagnosticadas limitando o acesso a intervenções ajustadas (Prince et al., 2011).

O termo demência, habitualmente referido na literatura, foi recentemente considerado no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais - DSM-5 - como perturbação neurocognitiva (PNC) major reconhecendo também um grau menos grave de défice cognitivo, denominado de PNC ligeira.

Na literatura, estão descritas várias estratégias de avaliação e intervenção em pessoas com perturbação neurocognitiva e seus cuidadores. É neste contexto que o programa aborda temáticas que incluem os tipos de demências: diagnóstico e tratamento, a perda de memória na doença de Alzheimer, a avaliação da pessoa com doença de Alzheimer e outros compromissos neurocognitivos. Será dado especial destaque às intervenções não-farmacológicas dirigidas às pessoas com perturbações neurocognitivas, especificamente baseadas em programas de estimulação cognitiva, reminiscência e exercício físico e, por fim, serão debatidas as políticas sociais e de saúde  mediante um enquadramento social específico  e pelo confronto com as  estratégias europeias.

Partilhando destas preocupações e responsabilidades, a UCP de Enfermagem do Idoso, no 7º Colóquio Envelhecimento Saúde e Cidadania propõe-se criar um espaço de reflexão e discussão sobre o enquadramento atual das PNC em conjunto com os peritos convidados nesta área e, como habitual, salvaguardado um espaço para debate de ideias e estratégias.



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