Conferência Inaugural com a Professora Patricia O’Brien D’Antonio (Universidade da Pensilvânia) dia 10 de Novembro, pelas 16h30, no auditório do Pólo A da ESEnfC. Conferencista falará sobre “Evolução da Enfermagem: Prática e Pesquisa nos dias de hoje”.


Florence Nightingale nasceu em 1820 e morreu e 1910, faz agora 100 anos. Uma oportunidade para relembrar a iniciadora de um processo extraordinário – o desenvolvimento de uma profissão e de um domínio do saber.


Convencionalmente atribui-se a Florence Nightingale o marco profissionalizante e de siste-matização de saberes, ensinados, e aprendidos por aqueles, sobretudo aquelas, que era necessário qualificar para melhor responder a uma exigência social.


Procurar a actualidade de Florence Nightingale, seu pensamento e sua obra, é um exercício interessante que nos leva às preocupações higienistas "ar puro, água pura, drenagem eficiente, limpeza e luz", mas também ao valorizar da colheita de dados e do uso da estatística, à observação cuidadosa dos pacientes, à organização e liderança, "colocando o paciente nas melhores condições para que a natureza actue sobre ele". Ensinamentos que serviram de base ao desenvolvimento do ensino de enfermagem.


Há um antes e um após, quando algo é marcante. Após a vitoriana Nightingale – no seu tempo e no(s) seu(s) lugar(es) –, ou melhor, desde Nightingale, o conhecimento em enfermagem, a reflexão da enfermagem sobre si e o seu papel não mais parou.


Virgínia Henderson com as 14 actividades para assistência ao paciente; Dorotheia Orem com o conceito de autocuidado; Peplau com a valorização das relações interpessoais; Roy com o modelo de adaptação; Neuman com o modelo de sistemas; Levine com o modelo de conservação; Watson com o cuidado como ciência sagrada; Pender com o modelo de promoção de saúde; Leininger com a teoria da diversidade e da universalidade cultural.


Cem ricos anos, em apenas algumas referências, já elas clássicas. As teorias e modelos possibilitaram por sua vez desenvolvimentos por outros pensadores de enfermagem – uma segunda geração. Nesta encontramos as experiências de transição de Schumacher e Meleis; o autocuidado estimativo, transitivo e produtivo de Söderhamn; os papeis de transição eficaz e ineficaz de Nuwaghid; os cuidados como encontros culturais de Campinha-Bacote; a teoria da incerteza na doença de Mishel ou a do conforto de Kolcaba, entre outras tantas.


Alguém pegou na candeia e a transportou ao longo de um século, um século de cuidados.


As razões para a Comemoração e para este Fórum Enfermagem: De Nightingale aos dias de hoje – 100 anos fundam-se no atrás aduzido. Uma oportunidade para nos pensarmos e reflectirmos sobre aspectos dos cuidados, do ensino e da construção de saberes. Além do mais, estamos cá, já não de candeia na mão, mas com o mesmo entusiasmo.


 

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