O professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) Rogério Clemente Rodrigues, prestou, segunda-feira, provas de doutoramento em Ciências de Enfermagem, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, tendo sido aprovado por unanimidade ao defender a tese "Avaliação Comunitária de uma População de Idosos: da funcionalidade à utilização de serviços".
Em continuidade com outros trabalhos realizados, nomeadamente o mestrado, o estudo desenvolvido procurou testar e apresentar uma metodologia que visa a avaliação funcional do idoso em cinco áreas: Recursos Sociais, Recursos Económicos, Saúde Mental, Saúde Física e Actividades de Vida Diária.
Paralelamente, foi feita a avaliação da utilização e da necessidade de serviços por esta população: entre outros, serviços de saúde, serviços gerais de apoio, serviços de avaliação e coordenação, serviços de apoio económico, serviços sociais e recreativos. Ao nível das áreas funcionais, verificou-se uma maior incapacidade no grupo etário de idade igual ou superior a 85 anos. É igualmente este grupo que mais utiliza e que mais sente necessidade de serviços.
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O estudo incidiu sobre 202 idosos utentes do Centro de Saúde de Eiras, em Coimbra, aos quais foi aplicada a metodologia do Questionário de Avaliação Funcional Multidimensional de Idosos.
Os dados obtidos podem ser utilizados para planeamento e desenvolvimento das intervenções em Saúde, designadamente as de Enfermagem, afirma o Professor Rogério Rodrigues.
Integraram o júri os professores Corália Vicente (ICBAS) - presidente -, Maria Ermelinda Miranda Jacques (Escola Superior de Enfermagem do Instituto Politécnico de Viana do Castelo), Wilson Abreu (Escola Superior de Enfermagem do Porto), Isabel Correia Dias (Faculdade de Letras da Universidade do Porto) e Maria Constança Paul (ICBAS). Além de membros do júri, foram orientadores a Professora Zaida de Aguiar Sá Azeredo (ICBAS) e o Professor Pedro Augusto Lopes Ferreira (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra).
O Professor Rogério Rodrigues mostra-se satisfeito com os resultados alcançados, esperando, agora, que o trabalho possa ser alargado a uma área geográfica maior, o que permitirá, em termos de planeamento de saúde, obter informações sobre as prioridades de intervenção.
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