A ESEnfC promove, no dia 3 de fevereiro, uma sessão sobre sistemas avançados de tratamento de feridas, através da denominada oxigenoterapia hiperbárica.
Esta terapia consiste, sumariamente, em submeter um paciente a uma oxigenação dos tecidos superior àquela a que estaria sujeito no meio ambiente, o que é feito dentro de uma câmara fechada. «Ao proceder-se ao aumento da oxigenação desses tecidos, obtém-se um efeito positivo no processo de cicatrização e no encerramento da ferida, o que promove um aumento da qualidade de vida dos doentes», explicam os organizadores do evento, da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem Médico-Cirúrgica. |
Com início às 9h30, no auditório do Pólo A da ESEnfC, estão previstas as intervenções do Dr. Manuel Fonseca (Serviço de Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra) – dissertará sobre a “Isquémia dos membros inferiores” – e do diretor executivo da empresa DisnoVMed, Paulo Abrunhosa, que falará sobre “Terapia Hiperbárica” (10h15) e sobre “Tratamento de feridas por pressão negativa” (11h00). Nesta altura será possível visualizar os dispositivos médicos existentes.
«O tratamento através da oxigenoterapia hiperbárica em doentes queimados é utilizado desde a década de 80, em alguns países, entre os quais EUA, Canadá, Brasil, essencialmente em crianças e jovens. Através de vários estudos, verificou-se também que esta terapia promove uma melhoria significativa da evolução das feridas necróticas, cirúrgicas e maior controlo de feridas infectadas», prossegue a organização.
Os impulsionadores desta sessão notam, ainda, que «a aplicação da terapia hiperbárica em doentes com úlceras diabéticas tem desencadeado um grande interesse na comunidade científica, sendo evidente, em alguns estudos, a diminuição da taxa de amputações (cerca de 95%) nos doentes submetidos a este tipo de tratamento».
Em Portugal existe a possibilidade de realizar a terapia hiperbárica em quatro locais: Hospital da Marinha, Hospital Pedro Hispano, Hospital da Horta e Hospital do Funchal.