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Juramento de novos enfermeiros

95,4% dos diplomados pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra nos últimos quatro anos estão empregados (dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência). Porém, uma grande parte deles em países como o Reino Unido, França, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Suíça.

Sendo assim, por que não estes países europeus passarem a contribuir para o financiamento da formação daqueles profissionais de saúde, enquanto retorno pela qualidade dos cuidados de saúde de que estão a beneficiar?

O desafio foi lançado, no último sábado (dia 27 de julho), pela Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), professora Maria da Conceição Bento, que defendeu um apoio específico de financiamento para esta área, «inscrito no Novo Programa Quadro».

Estes são países que «têm procurado em Portugal os enfermeiros de que necessitam para responder às suas necessidades», diplomados que se «integram com facilidade e respondem com elevado nível de competência, por todos reconhecida», sublinhou a Presidente da ESEnfC, ao discursar na cerimónia de graduação dos novos enfermeiros diplomados pela instituição.

«Temos de, pelo menos, garantir que a Europa, que usufrui da qualidade dos nossos diplomados, contribui financeiramente para a sua formação», sustentou, depois, a responsável da Escola de Coimbra.

Na ocasião, e perante um pavilhão multidesportos repleto de amigos e familiares que se juntaram na cerimónia de imposição de insígnias dos novos enfermeiros, a Presidente da ESEnfC reiterou que «é tempo de ponderar as políticas na área da saúde e de garantir que não se desperdiça um dos maiores bens em que a sociedade portuguesa investiu nos últimos anos: recursos humanos qualificados».

A professora Maria da Conceição Bento afirmou que o país ainda precisa de enfermeiros – faltarão entre 15 a 20 mil para se garantirem cuidados seguros no Serviço Nacional de Saúde – e lamentou, por isso, que os novos diplomados e «os melhores» sejam obrigados a procurar emprego no estrangeiro.

«Estamos a contribuir sem nenhum retorno para que países que já têm um número de enfermeiros por mil habitantes mais elevado do que o nosso sejam cada vez mais ricos e desenvolvidos. Enquanto os portugueses têm progressivamente mais dificuldades no acesso à saúde e iniquidades maiores», declarou, citando o Relatório de Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde.


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