Licenciatura em Enfermagem

Autonomia e independência da pessoa com doença crónica requer um processo de capacitação para a gestão do autocuidado terapêutico, no qual o enfermeiro assume o papel de facilitador, num cuidado centrado na pessoa.
Assim, espera-se que os estudantes sejam capazes de:
1-Integrar o conceito de gestão do autocuidado terapêutico numa perspetiva transitiva;
2-Demonstrar conhecimentos sobre autogestão da doença e dos regimes terapêuticos;
3-Determinar os determinantes sociais de saúde que influenciam a gestão do autocuidado terapêutico;
4-Desenvolver estratégias para ser um facilitador do processo de capacitação para gestão do autocuidado terapêutico
5-Demonstrar uma interação comunicativa promotora da gestão do autocuidado terapêutico
6-Estimar o impacto do processo de capacitação no bem estar da pessoa e família
7-Justificar a tomada de decisão com base na evidência centífica
8-Desenvolver um processo reflexivo de autoconhecimento dirigido ao desenvolvimento pessoal e profissional

1-A doença crónica em Portugal e no mundo: impactos e desafios
2-Gestão do autocuidado terapêutico como transição à luz dos referenciais teóricos de enfermagem
3-Determinantes sociais de saúde e gestão de autocuidado terapêutico
4-Cuidado centrado na pessoa numa perspetiva transformadora: Empowerment
5-Autonomia e estilos de gestão do autocuidado terapêutico
6-Modelo Transteórico de Prochaska e DiClemente.
7-Entrevista motivacional como estratégia para a mudança
8-Orientações da OMS para a educação terapêutica
9-Suporte à gestão do autocuidado terapêutico na era digital
10-Outputs e Outcomes do processo de capacitação para a gestão do autocuidado terapêutico
11-Autoconhecimento como interferência na qualidade do desempenho terapêutico do profissional

Para a concretização dos objetivos 1 e 2, concorrem os conteúdos 1 e 2 pela sua interligação e possibilidade de contextualizar a temática. O objetivo 3 está ancorado no conteúdo 3 e também no conteúdo 2 pela necessidade de avaliar a pessoa no seu contexto natural de vida. O Objetivo 4 será alcançado na abordagem do conteúdo 4, 5, 6, 7, 8 e 9, na sua perspetiva abrangente. As competências comunicaionais inscritas no obejtivo 5 estão relacionadas com o conteúdo 4 na perspetiva dos cuidados centrados na pessoa e especificamente nos conteúdo 7, 8 e 9. O objetivo 6 será mais explícito no conteúdo 10. O objetivo 7 estará implícito ao longo dos diferentes conteúdos e interligados com as metodologias adotadas, particularmente ancorado no conteúdo 10. O objetivo 8 será alcançado sobretudo com a metodologia de ensino e avaliação em que o estudante vai detetando necessidades de desenvolvimento, particularmente ancorado no conteúdo 11.

Pretende-se que o estudante se assuma como agente da sua aprendizagem, assim, para além da exposição teórica, serão utilizadas metodologias e estratégias diversificadas em função dos diversos pontos programáticos, nomeadamente análise de artigos científicos, pesquisa em bases de dados, role-play e apresentação e discussão em grupo de situações /cenários para aplicar conhecimentos.
A avaliação poderá ser por prova escrita ou trabalho escrito e discutido em seminário, a negociar na primeira aula. Na classificação adopta-se uma escala de 0 a 20 valores. Se se optar por prova escrita será cotada para 100%, no caso de ser escolhida a elaboração e discussão do trabalho, a classificação final será obtida a partir da média ponderada do trabalho escrito (80%) e da apresentação (20%). Classificação inferior a 9,5 valores implica reprovação na unidade curricular.
Provas por exame são constituídas por prova escrita, cotada de 0-20 valores. Classificação inferior a 9,5 valores implica reprovação na unidade curricular.

Os objetivos da unidade curricular estão centrados no desenvolvimento de competências inerentes à facilitação do processo de gestão de autocuidado terapêutico, o que se coaduna com a metodologia interativa propostas, no sentido da concretização dos objetivos propostos da unidade curricular numa perspetiva transformadora e a sua aplicabilidade tendo em conta os impatos e os desafios da doença cronica na era digital.
A avaliação da unidade curricular constitui também um momento de demonstração das aprendizagens e reflexão sobre as mesmas.

Bodenheimer, T., Wagner, E. H., & Grumbach, K. (2002). Improving primary care for patients with chronic illness: the chronic care model, Part 2. JAMA, 288(15), 1909–1914. https://doi.org/10.1001/jama.288.15.1909
Pereira, M. G. (1997): - A adesão aos regimes de tratamento na perspectiva do modelo biopsicossocial. Psicologia: Teoria, Investigação e Prática (2), 209-216. Centro de Estudos Educação e Psicologia. Universidade do Minho.
Sá, Conceição G. M. A. (2020). Revisão da teoria do Autocuidado de Orem. Coimbra: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
World Health Organization. (2018). Are patients in control of their health care? European conference promotes patient-centred health systems. Recuperado de http://www.euro.who.int/en/media-centre/sections/press-releases/2012/04/are-patients-in-control-of-their-health-care-european-conference-promotes-patient-centred-health-systems
Queirós, P. (2010) Autocuidado, transições e bem-estar. Editorial. Revista Investigação em Enfermagem. Coimbra, Formasau, Formação e Saúde Lda. (21), 2. ISSN: 0874-7695
Queirós, P. (2012) O bem-estar na perspectiva de enfermagem In Enfermagem: de Nightingale aos dias de hoje 100 anos. No 1 da Série Monográfica – Revista Referência. UICISA-E, Unidade de Investigação da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. ISBN: 978-989-97031-0-0; ISSN: 1647-9440
Bastos F.S.(2012) A pessoa com doença crónica - Uma teoria explicativa sobre a problemática da doença e do regime terapêutico (Tese de doutouramento). Porto: Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Ciências da Saúde. 307 p.