Licenciatura em Enfermagem

– Identificar os focos de atenção em enfermagem, na pessoa com alterações ao nível dos diversos sistemas corporais;
– Elaborar diagnósticos de enfermagem de acordo com as alterações verificadas na pessoa/família;
– Identificar as intervenções autónomas e interdependentes na pessoa que necessita de cuidados de enfermagem;
– Executar, em ambiente de simulação, procedimentos e técnicas de enfermagem, aplicando os conhecimentos científicos;
– Demonstrar capacidades/habilidades no domínio das respostas técnicas, promotoras de ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de enfermagem.

COMPONENTE TEÓRICA E TEÓRICO-PRÁTICA

1 – A PESSOA EM TERAPÊUTICA CIRÚRGICA
- Focos de atenção, diagnósticos e intervenção de enfermagem na pessoa submetida a cirurgia:
     - pré-operatório: avaliação da pessoa e a colheita de informação; identificação e correção de fatores de risco; preparação para a cirurgia e visita pré-operatória de enfermagem;
     - intraoperatório: a pessoa e o ambiente do Bloco Operatório; atividades do enfermeiro em Bloco Operatório: circulante; instrumentista e de apoio à anestesia;
     - pós-operatório: a pessoa no pós-operatório imediato e mediato; preparação para o regresso a casa.

2 – A PESSOA/FAMÍLIA NOS PROCESSOS DE SAÚDE/DOENÇA AO NÍVEL DOS DIVERSOS SISTEMAS CORPORAIS, PROCESSOS ADAPTATIVOS E CONTINUIDADE DE CUIDADOS
2.1 – A PESSOA COM COMPROMISSO DA INTEGRIDADE DA PELE
- Focos de atenção, diagnósticos e intervenções de enfermagem na pessoa com compromissos da integridade da pele: feridas cirúrgicas, cateter central, ferida traumática; feridas crónicas (vascular, arterial e lesões por pressão).
2.2 – A PESSOA COM DOENÇA GASTROINTESTINAL
- Focos de atenção, diagnósticos e intervenções de enfermagem na pessoa com compromisso gastrointestinal:
     - avaliação da pessoa, identificação de fatores de risco e prevenção;
     - a pessoa com afeções orais, esofágicas, gástricas, intestinais, hepáticas, biliares e pancreáticas;
     - a pessoa com alterações nutricionais: avaliação do estado nutricional e terapêutica de suporte nutricional (parenteral)
     - a pessoa com ostomias de alimentação e de eliminação
2.3 – A PESSOA COM DOENÇA RESPIRATÓRIA
- Focos de atenção, diagnósticos e intervenção de enfermagem na pessoa com compromisso do sistema respiratório:
     - avaliação da pessoa, identificação de fatores de risco e prevenção;
     - a pessoa com insuficiência respiratória aguda e complicações;
     - exames complementares de diagnósticos;
     - Cuidados de enfermagem na toracocentese e drenagem torácica
- A pessoa com necessidade de ventilação invasiva e não-invasiva.
- A pessoa com ostomia respiratória: traqueostomia.
2.4 – A PESSOA COM DOENÇA CARDIOVASCULAR
- Focos de atenção, diagnósticos e intervenção de enfermagem na pessoa com compromisso do sistema cardiovascular:
     - avaliação da pessoa e identificação de fatores de risco, prevenção primária, secundária e terciária;
     - exames complementares de diagnósticos;
     - a pessoa com síndrome coronário agudo, insuficiência cardíaca, portadores de pacemaker, disritmias cardíacas.
2.5 – A PESSOA COM DOENÇA ONCOLÓGICA
- Focos de atenção, diagnósticos e intervenções de enfermagem na pessoa com doença oncológica nas modalidades de tratamento: cirúrgico, quimioterapia, radioterapia.
- A segurança dos profissionais, da pessoa e do ambiente, associada aos tratamentos por radioterapia e quimioterapia.
- Cuidados Pós-Morte
2.6 – A PESSOA COM DOENÇA URINÁRIA
- Focos de atenção, diagnósticos e intervenções de enfermagem na pessoa com compromissos do sistema urinário e reprodutor:
     - avaliação da pessoa com alterações geniturinárias, derivações urinárias, glomerulonefrite, infeção urinária / pielonefrite, insuficiência renal e diálise, hipertrofia da próstata.

COMPONENTE PRÁTICA
A realização, em ambiente de simulação, das intervenções de enfermagem no âmbito dos cuidados à pessoa:
- Preparação cirúrgica das mãos e paramentação
- Ferida cirúrgica com sistema de drenagem; ferida crónica
- Ostomia de eliminação
- Ostomia de ventilação

Os conteúdos programáticos são desenvolvidos tendo em conta os objetivos propostos e a carga horária da unidade curricular. Os conteúdos apresentados e desenvolvidos nas aulas teóricas e teórico-práticas, estão directamente relacionados, no sentido de dar resposta aos objetivos. Assim,

Objetivo 1 – Identificar os focos de atenção em enfermagem, na pessoa com alterações ao nível dos diversos sistemas corporais
Objetivo 2 – Elaborar diagnósticos de enfermagem de acordo com as alterações verificadas na pessoa/família;
Objetivo 3 – Identificar as intervenções autónomas e interdependentes na pessoa que necessita de cuidados de enfermagem

Conteúdos a lecionar:
1 – A PESSOA EM TERAPÊUTICA CIRÚRGICA
2 – A PESSOA E OS PROCESSOS DE SAÚDE/DOENÇA AO NÍVEL DOS DIVERSOS SISTEMAS CORPORAIS

Objetivo 4 – Executar, em ambiente de simulação, procedimentos e técnicas de enfermagem, aplicando os conhecimentos científicos
Objetivo 5 – Demonstrar capacidades/habilidades no domínio das respostas técnicas, promotoras de ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de enfermagem.

Conteúdos a lecionar:
PRÁTICAS LABORATORIAIS – Procedimentos:
- Preparação cirúrgica das mãos e paramentação;
- Ferida cirúrgica com sistema de drenagem; ferida crónica;
- Ostomia de eliminação;
- Ostomia de ventilação.

As metodologias a adotar:
– no ensino teórico serão utilizados o método expositivo e interativo;
– no ensino teórico-prático privilegiar-se-á a discussão de casos clínicos e utilização do Body Interact;
– as práticas laboratoriais desenvolver-se-ão em torno de quatro procedimentos. A metodologia a adotar será o método demonstrativo e a execução dos procedimentos pelos estudantes, em ambiente de simulação com Debriefing Estruturado.
Relativamente à avaliação, a componente teórica e teórico-prática será avaliada num momento de avaliação periódica com prova escrita. A componente prática será avaliada através de uma prova de avaliação prática final. Cada componente terá a classificação de zero a vinte valores. O estudante terá de obter, em cada uma das componentes, a classificação mínima de 9,5 valores.
A classificação final resultará da média ponderada das classificações obtidas nas avaliações: a prova escrita e a avaliação prática. A ponderação será de 70% para a componente teórica e teórico-prática e 30% para a componente prática.
Se o estudante reprovar a uma das componentes, terá de realizar exame.
A avaliação final (exame de época normal e de recurso) será composta por uma prova escrita, com ponderação de 70%, e uma prova prática, com ponderação de 30%.
Para admissão à prova prática, o estudante deve obter na prova escrita classificação mínima de sete e meio (7,5) valores. Para efeitos de aproveitamento, a média ponderada das classificações dos dois momentos de avaliação, tem de ser igual ou superior a 9,5 valores.

No sentido das aprendizagens no domínio cognitivo privilegiar-se-á o método expositivo, numa visão de exposição interativa, em que se salienta a aprendizagem através da mobilização de conhecimentos e experiências anteriores, alicerçando-se no e para o trabalho autónomo do estudante.
Para a lecionação dos conteúdos ao nível dos diversos sistemas corporais de natureza teórico-prática, privilegia-se a discussão de casos com recurso ao Body Interact, a demonstração dos procedimentos, a visualização de filmes e o debate, no sentido de uma construção ativa do processo de aprendizagem.
Relativamente às aulas de práticas laboratoriais, os conteúdos são demonstrados e refletidos, e os alunos executam todos os procedimentos em contexto de simulação.

Administração Central do Sistema de Saúde (2011). ACSS (2011). Manual de Normas de Enfermagem Procedimentos Técnicos. Lisboa. Ministério da Saúde.
Bulechek, G.; Butcher, H.; Docheteman, J.; Wagner, C. (2016). Classificação das Intervenções de Enfermagem (6a ed). Elsevier.
Hinkle, J.L.; & Cheever, K.H. (2020). Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica – Brunner & Suddarth (14.a ed.). Guanabara Koogan
Monahan et al. (2010). Enfermagem Médico-Cirúrgica: Perspectivas de saúde e doença (8a ed.) Loures. Lusodidacta. ISBN 978-989-8075-22-2
International Council of Nurses. (2011). CIPE® Versão 2: Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Ordem dos Enfermeiros. Lisboa.
Monahan, F. & Donovan-Phipps (2010) – Enfermagem Médico-Cirúrgica. Conceitos e Prática Clínica (8a ed.). Loures. Lusodidacta.
Rothrock, J. C. (2021). Alexander: Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico (16a ed.). Guanahara Koogan.

NOTA: Para além da bibliografia que consta neste programa, os professores, ao longo das aulas, poderão indicar mais bibliografia geral e específica que considerem pertinente. Serão disponibilizados textos de apoio, realizados pelos professores, referentes às aulas de práticas laboratoriais que serão disponibilizados em tempo útil aos estudantes.