Licenciatura em Enfermagem

A Enfermagem Forense é a “área de exercício profissional que assenta na resposta aos problemas de saúde decorrentes dos processos de vida da pessoa, família e comunidade envolvidas em cenários de violência, violação dos direitos humanos, traumatologia forense e/ou desastre de massa, ao longo do ciclo de vida (Regulamento n. 728/2021 – Regulamento da Competência Acrescida Diferenciada em Enfermagem Forense, p.175).

Objetivos Gerais:
- Consolidar conhecimentos sobre o Código Deontológico dos Enfermeiros no respeito pelos direitos humanos e na defesa da pessoa.
- Compreender os princípios de gestão e organização de cuidados de enfermagem em situações de violência, abuso e negligência.
Como objetivos especificos:
- Compreender o contributo da enfermagem forense em situações de violência, abuso e negligência.
- Caracterizar os diferentes tipos de violação dos direitos humanos que sustentam a prática de enfermagem forense.
- Reconhecer a comunicação como uma estratégia fundamental no contacto com a pessoa vítima de violência, abuso ou negligência.
- Identificar os princípios inerentes à cadeia de custódia: recolha, preservação e armazenamento de vestigios forenses.

1.Enquadramento e concetualização da Enfermagem Forense.
2.Princípios orientadores da Enfermagem Forense.
3.A Enfermagem Forense nas situações de violência interpessoal ao longo do ciclo de vida, nomeadamente:
3.1- Violência doméstica (na mulher, no homem e na criança).
3.2 - Violência, abuso e negligência no idoso.
3.3 – Violência contra o enfermeiro como profissinal de saúde.
4. Acolhimento, entrevista e estratégias comunicacionais com a vítima de violência, abuso e negligência.
5.Procedimentos de recolha, preservação, armazenamento e documentação de vestígios forenses.

Os conteúdos programáticos estão intimamente ligados aos objetivos da unidade curricular, tal como abaixo se apresenta:
Para que o estudantes sejam capazes de compreender o contributo da enfermagem forense em situações de violência, abuso e negligência concorrem os conteúdos 1, 2 e 3.
A caracterização dos diferentes tipos de violação dos direitos humanos que sustentam a prática de enfermagem forense são conseguidos com o conteúdos 3.
Para o objetivo: reconhecer a comunicação como uma estratégia fundamental no contacto com a vítima de violência, abuso ou negligência contribuí o conteúdo 4.
A identificação dos princípios inerentes à cadeia de custódia: recolha, preservação e armazenamento de vestigios forenses, está plasmado no conteúdo 4,5.

Tendo presente que a tipologia de aula preconizada para a unidade curricular de opção é apenas teórica, dar-se-à privilégio ao método expositivo. Contudo, reconhece-se que o processo de capacitação dos estudantes acontece na interacção com situações significativas. Neste sentido, procurar-se-á utilizar uma metodologia ativa com reflexão e debate sobre algumas das temáticas.
A lecionação será estruturada, de forma a harmonizar o tempo de contacto (exposição, reflexão e debate) e o tempo de trabalho autónomo do estudante (cada conteúdo exige em média 4h de trabalho autónomo). Para o trabalho autónomo serão disponibilizados materiais de suporte às sessões letivas seguintes. O docente estará disponivel no seu horário de atendimento para supervisão do trabalho autonomo do estudante.
A avaliação será negociada com os estudantes na primeira sessão da unidade curricular. Será proposto que a avaliação períodica das aprendizagens seja através de uma prova escrita. Para efeitos de classificação, a prova escrita será cotada em 20 valores, constituindo o único momento de avaliação da unidade curricular. Nas situações em que a classificação da avaliação periódica for inferior a 9,5 valores, o estudante deverá realizar avaliação final sob a forma de prova escrita.

Optou-se pela complementaridade de estratégias metodológias. No inicio de cada sessão será previligiado o método expositivo, com eventual partilha de experiências, debate e reflexão. No final de cada conteúdo será validada, com recurso a plataformas multimédia (Kahoot, Mentimeter, Google forms) a aquisição dos objetivos de aprendizagem propostos e a consolidação dos conhecimentos.
O formato de avaliação proposto é coerente com a tipologia de sessões letivas que são exclusivamente teóricas. A opção de avaliação recaí no formato de prova escrita, pois acredita-se que este permite avaliar o sucesso dos estudantes no alcance dos objetivos, ao mesmo tempo que vai ao encontro da diversidade de estudantes.

APAV- Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (2020). Relatório Portugal mais Velho. Fundação Caloust de Gulbenkian. Lisboa. Portugal.
Direção-Geral da Saúde (2016). Violência Interpessoal – Abordagem, diagnóstico e intervenção nos serviços de saúde. Lisboa: Direção-Geral da Saúde.
Ferreira, C. M. E. (2018). Conhecimento dos Enfermeiros sobre Práticas Forenses no intra-hospitalar [Dissertação de Mestrado não publicada] Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu.
Gonçalves, S. I. F. (2011). Vivências dos Enfermeiros na Manutenção de Provas Forenses no Serviço de Emergência [Dissertação de Mestrado não publicada]. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto.
Ribeiro, G. (2016). Eficácia de uma Intervenção Estruturada de Enfermagem Forense realizada a Estudantes de Enfermagem [Dissertação de Mestrado não publicada]. Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria.
Susano, J. P. (2019). Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar [Dissertação de Mestrado não publicada]. Escola de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria. (Sob orientação da Professora Doutora Catarina Lobão).