Licenciatura em Enfermagem

Independentemente de objetivos específicos de cada uma das 14 áreas, no final da unidade curricular (UC) o estudantes será capaz de:
Conhecer o atual enquadramento sociopolítico e legal dos cuidados de saúde mental e sua integração em cuidados de saúde primários.
Identificar as linhas prioritárias de intervenção na promoção da saúde mental em cuidados de saúde primários
Conhecer os principais conceitos inerentes à promoção da saúde mental do individuo, família, grupos e comunidade
Identificar princípios orientadores para a organização de atividades com vista à promoção da saúde mental do individuo, grupo, família e comunidade
Conhecer modelos de intervenção utilizados na assistência ao individuo, grupos e família com perturbações psiquiátricas em cuidados continuados
Utilizar instrumentos de diagnóstico/avaliação úteis para a conceção dos cuidados de enfermagem, para a promoção da continuidade de cuidados e para a documentação da assistência de enfermagem no âmbito da enfermagem de saude mental comunitária e reabilitação.
Identificar focos de intervenção em Enfermagem de Saúde Mental Comunitária e Reabilitação.
Integrar no processo de tomada de decisão clínica os referenciais teóricos da disciplina de enfermagem.
Refletir sobre cuidados de enfermagem com base no conhecimento e nas melhores evidências cientificas, alicerçados numa perspetiva teórica do domínio da ciência/da disciplina de enfermage
Construir um projeto de aprendizagem com vista à promoção da saúde mental ao longo do ciclo vital na comunidade em coerência com os EC integradores I e II.

Integração da saúde mental em cuidados de saúde primários, enquadramento sociopolítico e legal
Retrato da Saúde mental dos portugueses
Determinantes de saúde mental
Linhas prioritárias de intervenção na promoção da saúde mental em cuidados de saúde primários
Programas de promoção da saúde mental
E-health e m- Health e redes sociais na promoção da Saúde Mental
Níveis de Prevenção (Universal, seletiva, Indicada)
Literacia em saúde mental do individuo, família, grupos e comunidade
Contextos de intervenção no âmbito da promoção de saúde mental (escolar, laboral, outros)
Estruturas de apoio em cuidados continuados e de reabilitação psicossocial existentes na comunidade
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados para a Saúde Mental
Modelos de intervenção utilizados na assistência do indivíduo e grupos com perturbações psiquiátricas em cuidados continuados
Contributos das teorias de enfermagem na prática da promoção de saúde mental.
Análise de situações problema
Instrumentos, recursos para avaliação diagnóstica e/ou dos resultados previstos.
Focos de enfermagem prioritários no âmbito da Saúde Mental Comunitária e Reabilitação.
Boas práticas ou guidelines sustentam as intervenções
Projeto de aprendizagem com vista à promoção da saúde mental do indivíduo e grupos em Cuidados de Saúde Primários.

Os conteúdos programáticos estão relacionados com os objetivos comuns e com os objetivos específicos.

Na componente teórica (T) recorre-se a metodologias expositiva e interativa para sistematização de conceitos e conteúdos e promover a participação ativa dos estudantes.
Na componente teórico-prática (TP) recorre-se a metodologias de análise e reflexão na resolução de situações problema, no âmbito da área temática escolhida, orientada para a pesquisa a desenvolver pelo estudante.
Na componente seminário (S) recorre-se a metodologias de análise e reflexão, com apresentação e discussão/debate da pesquisa realizada pelos estudantes. Nesta componente pretende-se tornar visível o trabalho autónomo do estudante pela mobilização do conhecimento teórico, fundamentação da tomada de decisão clínica e capacidade de argumentação e síntese.
As horas de orientação tutorial serão utilizadas para o início do desenvolvimento da monografia e para o desenvolvimento de um plano de intervenção no âmbito comunitário. Em grupos, (a definir de três) os estudantes farão exercícios de questionamento clínico relativamente às situações problema apresentadas, pesquisa bibliográfica que possa responder a esse questionamento, iniciando o desenvolvimento de um plano de intervenção e preparação para a realização da monografia. Para as horas de não contacto, o estudante é orientado no sentido do conhecimento, do questionamento, pesquisa, leitura, análise de documentos pesquisados e disponibilizados na pasta académica.
Processo de avaliação: A avaliação da UC é definida da seguinte forma:
Trabalho de grupo desenvolvido em grupo de três estudantes serão apresentados e discutidos nas horas de seminário (trabalho cotado de 0 a 14 valores; apresentação oral será cotado de 0 a 3 valores) (Critérios de avaliação disponíveis na pasta académica na “Orientações_Plano_apresentação _ESMCR”).
Avaliação por prova de exame:
A avaliação por exame será efetuada a partir da elaboração de um plano individual de intervenção comunitária avaliado numa escala de 0 a 20 valores.

As metodologias de ensino-aprendizagem a implementar nesta UC foram pensadas de acordo os objetivos definidos, direcionam-se para o desenvolvimento da capacidade de aprender a aprender, pressupondo o estudante como o motor do seu processo de formação.
As metodologias das componentes T e TP constituem oportunidade para o estudante se apropriar da evidência científica, mas também para estimular a capacidade de pesquisa e de desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo no âmbito da área temática de enfermagem escolhida.
As metodologias da componente S constituem oportunidade para o envolvimento do estudante e demonstração da sua apropriação/aprofundamento de saberes no âmbito da área temática de enfermagem escolhida, considerando o desenvolvimento pessoal e profissional.

Conteúdos específicos:
Barroso, T. (2020). Entrevista Motivacional. In Enfermagem em saúde mental: Diagnósticos e intervenções, 97-101. Lisboa, Portugal: Lidel - Edições Técnicas, Lda.
Barroso, T., Mendes, A., & Barbosa, A. (2013). Prevention program of use/abuse of alcohol in school-aged adolescents: stop to think. Escola Anna Nery, 17(3), 466-473. doi: dx.doi.org/10.1590/S1414-81452013000300009
Barroso, T. (2012). Parar para Pensar: Intervenção em contexto escolar para a prevenção do uso/abuso de álcool. Loures: Lusociência.
Bittencourt, M. N., Marques, M. I. D., & de Andrade, T. M. M. D. (2018). Contributos das teorias de enfermagem na prática da promoção de saúde mental. Revista de Enfermagem Referência, 4(18), 125-132. doi: doi.org/10.12707/RIV18015
Carvalho, A., Almeida, C., Amann, G., Leal, P., Marta, F., Pereira, F., Ladeiras, L., Lima, R., & Lopes, I.. (2016). Saúde Mental em Saúde Escolar. Manual para a Promoção de Competências Socioemocionais em meio escolar. Lisboa, Portugal.
Jorge, F. M., Moreira, M. T., Pereira, M. O., & Barroso, T. M. M. D. A. (2017). Intervenções breves na redução do consumo de álcool em utentes de uma unidade de saúde familiar. Revista de Enfermagem Referência, 4(14), 79-87. https://doi.org/10.12707/RIV17037.
Loureiro, L. M. J., Mendes, A. M. O. C., Barroso, T. M. M. D. A., Santos, J. C. P., Oliveira, R. A., & Ferreira, R. O. (2012). Literacía de la salud mental de la adolescencia y juventud: conceptos y desafíos. Revista de Enfermagem Referência, 3(6), 157-166. doi: 10.12707/RIII11112
Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde (2017). Programa Nacional para a Saúde Mental. Lisboa: Direção-Geral da Saúde. ISSN: 2184-1217
Ornelas, J. (2008). Psicologia Comunitária. Lisboa, Portugal: Fim de Século Edições.
Queirós, P., (2012). O bem-estar na perspetiva de enfermagem. In P. Queirós (Eds.), Enfermagem: de Nightingale aos dias de hoje 100 anos. Série Monográfica Educação e Investigação em Saúde (pp. 89-118). Coimbra, Portugal: Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) / Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).
World Health Organization (2013). Mental Health Action Plan 2013–2020. Genebra, Suíça: Autor.
Meleis, A. (2010). Transitions Theory: Middle Range and Situation Specific Theories in Nursing Research and Practice. New York: Springer Publishing Company.
Meleis, A. (2017). Theoretical nursing: Development and progress (6th ed). Wolters Kluwer.
Sequeira, C. (2016). Comunicação clínica e relação de ajuda. Lisboa, Portugal: Lidel.
Silva, T., Martins, J., Marques, D., Pinto, D., & Barroso, T. (2018). Facebook: an ally in health promotion. Suplemento Digital Revista ROL Enfermería, 41(11-12), 231-237.