Enfermagem Médico-Cirúrgica

Espera-se que os estudantes sejam  capazes de:
- analisar as diferentes competências do enfermeiro no perioperatório;
- prestar cuidados personalizados e diferenciados nas diferentes fases do perioperatório;
- aplicar os princípios éticos orientadores da prática em contexto perioperatório;
- desenvolver competências na promoção da segurança em ambiente operatório, tanto para o doente como equipa multidisciplinar;
- analisar as dinâmicas de trabalho associadas à cirurgia de ambulatório e cirurgia minimamente invasiva.

Os conteúdos da unidade curricular Enfermagem Opção II – A Pessoa e a Cirurgia são sequentes aos da unidade teórica que a antecede, Enfermagem Opção I - A Pessoa e a Cirurgia, pelo que se pressupõe que o estudante faça uma adequada interligação entre eles, no entanto, consideram-se particularmente estruturantes os seguintes conteúdos:
- avaliação da pessoa em situações múltiplas e complexas no contextos de perioperatório;
- fundamentação da intervenção especializada no contexto de perioperatório;
- elaboração e análise de normas e projetos;
- análise ética de situações múltiplas e complexas;
- responsabilidades do enfermeiro especialista em enfermagem médico-cirúrgica.

Ao enfermeiro com formação avançada em enfermagem médico-cirúrgica é exigido competências, que lhe permitam cuidar a pessoa com necessidade de cuidados de elevada complexidade.
O desenvolvimento da componente clínica, pressupõe que o estudante faça uma adequada interligação, entre conhecimentos teóricos adquiridos nas unidades teóricas e, a prestação de cuidados diferenciados à pessoa em perioperatório, nos diferentes contextos da área de atuação: bloco operatório e unidades de cuidados pós-anestésicos. Preconiza-se que as horas programáticas da unidade curricular sejam dirigidas não só à prestação de cuidados, mas também ao desenvolvimento de competências, que promovam uma atitude científica, pensamento crítico e reflexivo no cuidado à pessoa e família. Os contextos clínicos são também fundamentais no desenvolvimento de competências na área da gestão, nomeadamente na gestão de cuidados.

As aulas de orientação tutorial ocorrem em contextos práticos, que darão ao formando a possibilidade de desenvolver capacidades de pensamento crítico a partir da própria ação e da problematização da ação, conjuntamente com seus pares e orientadores. Estas podem ser realizadas em unidades do país ou do estrangeiro de acordo com as suas expectativas e desejos.
A orientação pedagógica na prática clínica é feita por um docente da ESEnfC em articulação com o enfermeiro especialista do serviço.
As aulas teórico-práticas destinam-se à integração à unidade curricular e à realização da análise crítica de um artigo científico (journal club) a ser apresentado no contexto clínico.
As aulas de seminário ocorrem no final da unidade curricular,  e têm como objetivo a partilha com os pares da significância da apresentação do journal club (JC) nos contextos clínicos, concorrendo este momento para a avaliação.
A classificação final terá por base a apreciação das aprendizagens realizadas no contexto clínico e a apreciação do JC e respetivos momentos de apresentação. Para a operacionalização da avaliação final recorrer-se-á a duas fichas de avaliação específicas, uma de apreciação das aprendizagens, que incide nas aprendizagens desenvolvidas nos domínios: desenvolvimento e aprendizagem (A); prática profissional e Ética (B); gestão dos Cuidados (C); prática à pessoa em estado crítico/ pessoa com doença crónica/ pessoa em situação paliativa (D) e interação com o outro (E), em que o estudante só terá aproveitamento se obter a classificação ≥ 9,50 valores em cada domínio; e outra de apreciação do JC.
A classificação final resultará da média ponderada das classificações atribuídas a cada um dos instrumentos de avaliação.

Ao longo do processo formativo o estudante é incentivado a ser ativo e dinâmico e deverá demonstrar forte implicação na construção do seu próprio conhecimento e aprendizagem, de forma a desenvolver uma atitude científica, pensamento crítico e reflexivo.
Os processos de análise e reflexão feitos pelo estudante sobre o seu percurso de aprendizagem, desempenham um papel estruturante em termos formativos, já que permitem ao estudante pensar sobre o que faz, porque o faz e como o faz, sobretudo sobre formas alternativas de atuação, pelo que se propõem múltiplos momentos em que este processo lhe é solicitado. Entre estes momentos considera-se o da apresentação e discussão do journal club. Pela sua importância propõe-se que se realizem com todos os atores envolvidos, professor, enfermeiro especialista orientador e estudante, constituindo-se momentos significativos, para o processo de aprendizagem e de avaliação do estudante.
Na unidade curricular estão ainda previstas atividades na escola, que visam a reflexão conjunta do desenvolvimento da aprendizagem  e a partilha de experiências.

Considera-se fundamental toda a bibliografia aconselhada na unidade curricular da Enfermagem Opção I – A Pessoa e a Cirurgia.