Mestrado em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica

No final da Unidade Curricular, o formando deverá ser capaz de:
1. Identificar os marcos essenciais da evolução dos cuidados às crianças e famílias nas sociedades contemporâneas;
2. Discutir a situação mundial da infância de forma articulada com os direitos da criança no século XXI;
3. Analisar os principais determinantes de saúde infantojuvenil;
4. Analisar os principais indicadores de saúde infantojuvenil, numa perspetiva de intervenção de melhoria dos mesmos;
5. Identificar grandes desafios à saúde infantojuvenil nomeadamente ligados aos impactos das alterações climáticas e o desenvolvimento sustentável;
6. Analisar os principais recursos comunitários de apoio à criança e família, numa perspetiva de articulação;
7. Avaliar a implementação do programa nacional de saúde infantil e juvenil, numa perspetiva de valorização estruturante dos cuidados especializados de enfermagem.

1. Evolução da assistência à criança/família nas sociedades contemporâneas. Concetualização histórica e sociológica
2. A Situação mundial da infância
3. Os direitos da criança no século XXI. Do direito à vida ao pleno desenvolvimento
4. Dos determinantes Sociais às Políticas e Programas de Saúde Infantil e Juvenil
4.1. A saúde da criança e do jovem e da família. Indicadores de Saúde Infantil em Portugal e na Europa
4.2. O ambiente, alterações climáticas e desenvolvimento sustentável
4.3. Os recursos comunitários de apoio à criança, jovem e família
4.4. Programas de saúde infantil e juvenil. Do passado recente às prioridades atuais
5. Os cuidados de enfermagem especializados como elementos estruturantes na implementação dos programas de saúde infantil e juvenil.

O passado, o presente e o futuro entrecruzam-se nesta unidade curricular. No presente a visão da criança é muito diferente do passado e o futuro é construído sempre a partir destas referências. Os aspetos históricos e sociológicos marcam de forma indelével o pensamento que temos sobre os cuidados às crianças e famílias. Numa sociedade desenvolvida do século XXI permanecem problemas e cabe ao poder político, em articulação com a sociedade civil e profissionais das várias áreas responder a esses desafios com políticas e programas bem desenhados, realistas e que transportem a ambição de um mundo melhor. Conhecendo os determinantes de saúde podemos também intervir nos contextos mais próximos da criança ajudar a alterar rotas e potenciar outras. A investigação em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica tem um contributo decisivo na compreensão dos fenómenos de enfermagem ao mesmo tempo que poderá criar condições para todas de decisão informadas pela evidência.

Utilizar-se-á uma combinatória metodológica com sessões teóricas de base expositiva e com apoio de meios audiovisuais, e teórico-práticas, desenvolvidas através de metodologias ativas - análise e discussão de artigos e a apresentação de casos de estudo na turma. Os estudantes serão estimulados a fazerem pesquisa em bases de dados para consulta de artigos científicos.
A avaliação periódica resulta da elaboração de um trabalho escrito, de grupo, com uma componente de apresentação individual e discussão. A ponderação será de 60% para a componente escrita e 40% para a apresentação individual e discussão. Será condição de sucesso na unidade curricular classificação de pelo menos 9,50 valores tanto na componente escrita quanto na apresentação individual e discussão.
O trabalho de grupo versará sobre conteúdos do programa da unidade curricular e será desenvolvido segundo as regras de elaboração de trabalhos escritos da ESEnfC, com um máximo de 10 páginas, não incluindo nas mesmas as referências bibliográficas.
A avaliação final consta de uma prova escrita acerca dos conteúdos do programa, privilegiando-se os determinantes de saúde infantil. A duração desta prova não excederá 50 minutos.

Os objetivos da unidade curricular só serão atingidos com um trabalho do professor visto como essencialmente um orientador da aprendizagem e que trabalha com os formandos num sentido mais amplo da aprendizagem. Haverá então espaço de leitura e análise de textos, e discussão fazendo emergir um pensamento crítico e reflexivo sobre os temas em discussão. O tipo de ensino com configuração de combinatória metodológica e a avaliação como resultado do desenvolvimento de um trabalho de grupo com apreciação individual é coerente com a formação de estudantes de mestrado, mas já profissionais, respeitando uma lógica de formação de adultos. Os temas são de grande transversalidade, pelo que poderão ser chamados alguns colaboradores externos, sempre no sentido alargar os horizontes de pessoas em formação com visões complementares e inovadoras.

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-Brazelton, T.B. & Greenspan S. I. (2002). A criança e o seu mundo. Requisitos essenciais para o crescimento e aprendizagem. Lisboa: Editorial Presença.
-Direção Geral da Saúde. (2013). Saúde Infantil e Juvenil: Programa Nacional. Lisboa, Portugal.
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