A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) adquiriu dez manequins de recém-nascidos que permitem vários usos didácticos, não só aos estudantes que frequentam os cursos de licenciatura e de pós-licenciatura, mas também aos futuros pais que participem em cursos de preparação para o parto, no âmbito das competências parentais que é esperado que desenvolvam.
O “real care baby” é, conforme o nome sugere, uma cópia fisiológica de um bebé real, que exige, desde logo, os cuidados de manipulação idênticos aos que requer um recém-nascido. Se o estudante não lhe apoiar bem a cabeça, ou se fizer movimentos bruscos, o manequim corresponde com choro e só deixa de se queixar depois de satisfeitas essas necessidades de bem-estar.
Como um bebé real, os novos manequins têm, também, necessidades de alimentação, de dejecção, de eructação (arroto) e de serem embalados, o que demonstram emitindo choros diferentes.
Ao apresentar um padrão fisiológico muito próximo da realidade, este manequim permite ao estudante identificar os diferentes tipos de choro dos bebés e as dificuldades de orientação e de satisfação das suas necessidades.
Tudo isto é possível na medida em que as necessidades do bebé manequim são programáveis informaticamente (pelo professor ou formador), por níveis de intensidade e por períodos que podem ir das 24 horas até, por exemplo, quatro ou cinco dias seguidos.
O software associado a este manequim produz um relatório sobre os cuidados prestados (ou não prestados) e sobre a forma como o bebé foi tratado (qual o grau de satisfação/eficácia do cuidado prestado).
Assim, o docente vai poder saber se o estudante foi mais ou menos dedicado ao “bebé”, como também se foi mais ou menos eficiente na satisfação das necessidades que este apresentou.
O manequim inclui um identificador (para um pai/mãe) – os cuidados só são aceites pelo “recém-nascido” se forem administrados por aquela pessoa em concreto –, duas fraldas (para trocar quando for preciso), um dispositivo que se coloca junto ao peito do estudante (num bolso, por exemplo), ao qual o bebé encosta a boca (simula a mama da mãe), e um biberão.
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