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Primeiras estudantes que vão adquirir duplo diploma atribuído por Portugal e pelo Brasil já chegaram à ESEnfC

 

Chamam-se Geovana Pfleger e Mayara Barbosa e, se tudo correr conforme previsto, serão as primeiras finalistas a obter o diploma de licenciadas simultaneamente pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil, onde iniciaram o ciclo de estudos, e pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).

 

 

Tudo graças a um acordo de cooperação recentemente assinado pelos dois estabelecimentos de ensino superior, que permitirá, para já a dois estudantes de cada instituição por ano académico, participarem num Programa Internacional de Dupla Diplomação.

Já há alguns dias em Coimbra, as estudantes de Florianópolis mostram-se satisfeitas pela oportunidade de terminarem o curso em Portugal – segundo nos disseram, tencionam mesmo iniciar a vida ativa na Europa –, pelo crescimento profissional e pessoal que isso lhes trará e pelo benefício inerente às trocas culturais, numa instituição que recebe estudantes e professores de vários pontos do globo.

Geovana e Mayara querem também retribuir, contribuindo com «o conhecimento e as práticas da enfermagem brasileira».

Mayara acusa maior afinidade pela área de «alta complexidade e cuidados intensivos». Já Geovana inclina-se mais para a «área emergencial e de atendimento pré-hospitalar». Em Coimbra, estão em ensino clínico em Neurologia.

Através deste Programa Internacional de Dupla Diplomação entre a UFSC e a ESEnfC, estudantes de graduação das duas instituições podem, a partir deste ano letivo, iniciar um período de formação na universidade parceira, que lhes facilitará a obtenção de um duplo diploma e que lhes dará acesso ao exercício profissional, tanto em Portugal como no país do continente americano.

Os estudantes selecionados (pelas instituições de origem) efetuam mobilidade na instituição parceira no último ano do curso (4º no caso da ESEnfC e 5º para os alunos da UFSC), sendo que o reconhecimento das formações será assegurado pelos processos de avaliação e acreditação externos em Portugal (Agência A3ES - Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior) e no Brasil (Ministério da Educação).

De acordo com as instituições signatárias deste programa, o duplo diploma permitirá aos estudantes abrangidos perceberem culturas diferentes, organizações e ofertas de cuidados em saúde diversos, transformando-se em enfermeiros globalmente mais competentes.

São coordenadores deste programa internacional de dupla diplomação, os professores Fernando Amaral (ESEnfC) e Jeferson Rodrigues (UFSC).


3 PERGUNTAS A GEOVANA PFLEGER E A MAYARA BARBOSA

«Os estudantes que vierem a frequentar o último ano na UFSC serão muito bem acolhidos pela hospitalidade brasileira»

 

Quais as expetativas para este ano de estudos em Portugal?
Esperamos que este ano de estudos em Portugal nos traga muito amadurecimento profissional e pessoal, possibilidade de relacionamentos profissionais interessantes, que agreguem conhecimentos ímpares à nossa formação. Ainda almejamos que a troca cultural seja proveitosa para a instituição daqui, também contribuindo com o conhecimento e as práticas da enfermagem brasileira. Por fim, é muito interessante estar numa instituição que recebe estudantes de todo mundo. Podemos beneficiar de inúmeras trocas culturais, aprendizado de línguas, etc.

Que referências trazem do Brasil acerca da ESEnfC?
A Escola de Coimbra goza de boa reputação, por ser a escola de enfermagem mais antiga de Portugal, ter uma estrutura espetacular e, principalmente, por ser focada nos estudos da enfermagem. Já era do nosso conhecimento que há interação entre as instituições, através dos cursos de mestrado e doutorado.

Que conselhos dão aos estudantes da ESEnfC que vierem a frequentar o último ano de curso na UFSC?
Acreditamos que os estudantes que vierem a frequentar o último ano na UFSC serão muito bem acolhidos pela hospitalidade brasileira e devem aproveitar ao máximo as áreas de conhecimento e pesquisa que a universidade tem a oferecer, além de participarem ativamente da metodologia de ensino, que na UFSC ocorre de maneira horizontal entre académicos e docentes. Devem também levar o que há de mais moderno na Europa para a instituição, uma vez que somos muito interessados em estar sempre a renovar a forma como praticamos enfermagem, visando humanizar o cuidado e melhorar a experiência do cliente. Devem ainda aproveitar para absorver a pluralidade cultural que há no Brasil, devido às diversas regiões que temos.

 

[2018-09-28]


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